segunda-feira, 7 de julho de 2008

OUTRO PARTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

PESSOAL, ESTOU À BEIRA DE UM NOVO PARTO!!! ESTOU PARINDO O MESMO BLOG COISA DE MÃE, SÓ QUE AGORA ELE É UM FILHO DIFERENTE. ESTÁ MAIS CRESCIDO, COM NOVAS CARACTERÍSTICAS, MAIS DICAS, SERVIÇOS E ENTREVISTAS. TUDO ISSO PARA QUE NÓS - MÃES, PAIS, FILHOS (AS), FAMÍLIA, FAMÍLIA - POSSAMOS NOS COMPREENDER UM POUCO MELHOR (OU NÃO...). A PARTIR DE HOJE, SE VOCÊ QUISER SABER MAIS COISA DE MÃE, ACESSE O BLOG http://www.coisademae.blog.br/. LÁ PELAS 17H, VOCÊS PODERÃO LER UMA ENTREVISTA SOBRE ALERGIA COM O MÉDICO EMANUEL SARINHO, MESTRE EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DOUTOR EM MEDICINA PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO! A GENTE SE VÊ POR LÁ!!!

domingo, 6 de julho de 2008

Estratégia de pai

Descobri a estratégia usada pelo pai para convencer o filho a cortar o cabelo. Bom, como o blog é Coisa de mãe, tenho que contar... O pai propôs fazer uma surpresa para mim, euzinha, a mãe. Foi quando João Marcelo ficou animado e topou. Entretanto, na hora do corte, o escândalo foi o de sempre. Fiquei tão orgulhosa quanto à estratégia que tinha que registrar. Além do mais, o pai foi tão humilde ao confessar que mereceu mais uma postagem no blog. Afinal, pai também tem lá suas artimanhas...

sábado, 5 de julho de 2008

Não basta ser pai...

... tem que conseguir fazer com que o xuxuzinho corte o cabelo. Pois é, o pai conseguiu fazer com que João Marcelo cortasse o cabelo. Devo reconhecer que é uma vitória. Nem todo pai se dispõe a ouvir menino (a) fazer e-s-c-â-d-a-l-o na hora do bendito corte. O cabeleireiro ainda pegando os apetrechos e o (a) menino (a) dizendo: Tá doendo! E o chororô? Gente, não dá pra descrever. Da última vez que tentei cortar o cabelo de João Marcelo, passei duas semanas com o choro ecoando no meu ouvido. E o risco?!A criança não pára de se mexer. Enquanto isso, o cabeleireiro está com aquela tesoura enorme pra lá e pra cá! Pois é, lembrando aquela famosa frase publicitária (sem intenção de merchandising): Não basta ser pai, tem que participar!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Emergência pediátrica

Esse período de chuva é de enlouquecer qualquer mãe. As crianças adoecem o tempo todo. É virose, é resfriado, é otite e por aí vai. Nariz não pára de escorrer. E vem a tosse e tantos outros sintomas que começam a preocupar. João Marcelo começou a se queixar do ouvido. Meu ouvido tá doendo, mamãe. Fiz aquele teste de apertar a região e ele gritou. Bom, acabamos indo parar na emergência pediátrica de um dos bons hospitais do Recife. Honestamente, quando penso que tenho que ir a uma dessas emergências, já fico nervosa. Porque sempre achei que em emergência deve aparecer de tudo, e meu raciocínio é de que só médicos experientes podem lidar com qualquer tipo de diagnóstico. Entretanto, o meu raciocínio deve estar completamente equivocado porque, em todas as emergências pediátricas do Recife, só colocam aqueles médicos que acabaram de sair da residência, recém-formados. Os homens são imberbes, mal olham para as crianças, e as mulheres parecem nunca ter visto uma... Sei que está parecendo que eu tenho preconceito com jovens profissionais. Mas não é isso. Há muitos jovens profissionais competentes, mas a maioria ainda não tem a experiência necessária para atuar em uma emergência pediátrica. Vejam se eu não tenho razão. João Marcelo reclamando de dor de ouvido, vou parar numa dessas emergências da vida, deparo-me com uma médica. O que é que ele tem? Nariz não pára de escorrer, tosse, está reclamando de dor de ouvido, não comeu nada hoje... Vamos examinar. Quando ela se aproxima, ele começa a chorar. Ela levanta os braços, como quem diz: Assim não dá. Eu penso: Por que escolheu pediatria, miserável? Tento confortá-lo, mostro algo para distraí-lo. Ela vem de novo. O menino abre o berreiro. Ela faz o exame relâmpago e diz num tom desagradável, de quem quer se ver livre do chororô: Pronto! Acho que ela queria mesmo era dizer: Pronto, menino, pode parar com o berreiro! Mas eu estava lá, olhando para ela, firme, e ela não era doida a esse ponto. Ela diz: Ele não tem nada no ouvido. Vamos passar o Polaramine - um antialérgico para essa tosse. Claro, conheço o antialérgico. Só que o alergologista dele - menciono o nome - não quer que ele use esse antialérgico em qualquer situação porque João Marcelo é alérgico à proteína do leite de vaca. Quando há algum episódio em que ele tem contato com o leite de vaca, o Polaramine é utilizado e o médico quer evitar o uso em outras situações para que não se crie uma resistência e o Polaramine não atue tão bem quanto deveria. Resposta: A senhora é quem sabe. Se o doutor - menciona o nome - disse, eu acredito. Até porque ele tem mais experiência do que eu. Tive vontade de dizer: Sem sombra de dúvida. Mas calei. Esperei que ela receitasse outro antialérgico diante da sua própria reflexão, mas a moça também se calou e eu percebi que havia um impasse. Ela esperava a minha decisão. Fiquei pensando: será que não existe outro antialérgico no mundo ou ela simplesmente desconhece qualquer outro? Cheguei à conclusão de que a segunda alternativa era mais provável e me resignei. Eu tenho Polaramine em casa. Mas a médica fez questão de concluir o trabalho dela. Escreveu na receita: 2,5ml de manhã, 2,5ml à noite. Peguei a receita, saí do hospital e, ainda no meio da rua, marquei uma consulta com o alergologista do meu filho, implorando para a secretária me encaixar no dia seguinte. Nem que eu precisasse esperar horas. Ela se comoveu. Detalhe: o médico, ao examiná-lo, disse que ele estava com um princípio de otite, receitou antibiótico e (pasmem!) outro antialérgico. Confirmei minha suspeita: Polaramine era o único antialérgico que a doutora conhecia...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Saudades da primeira viagem

Ontem, meu filho viu um bebê. Até então, vinha dizendo que não queria um irmão... Mas viu um bebê e vocês sabem como isso pode ser emocionante. Para uma criança de dois anos e meio é a visão do paraíso: um boneco, um brinquedo... Olhou pra mim e disse: Quero um desse. Como se estivesse escolhendo um dos seus carrinhos nas lojas de brinquedo. Ri. Ele repetiu: Quero um desse, mamãe... Lembrei-me de tudo, como num filme. Os nove meses de gravidez, o parto, os primeiros três meses, as rachaduras no peito, as alegrias diárias, as descobertas a cada segundo... Senti saudades especialmente do dia em que descobri o meu amor por meu filho... É, porque todo mundo acha que a criança nasce e a gente já ama à primeira vista. Claro que acredito que algumas mães possam ter sentido isso no momento em que viram o (a) filho (a). Comigo foi diferente, foi um processo... As primeiras semanas depois do parto não foram fáceis. Os primeiros 15 dias foram particularmente estressantes para mim... Recuperando-me de uma cesariana, amamentando, sem hora pra dormir... Minha rotina de cabeça pra baixo. Minha vida havia mudado completamente. No pós-parto, lembrei-me muito de uma amiga, Natália Câmara. Ela foi a única que teve coragem de me prevenir: Chris, o pessoal vê tudo de forma muito romântica... Vai visitar a gente no hospital e quer que a gente esteja linda, maravilhosa, enlevada com a maternidade... Não é bem assim. Tem dia que a gente tem vontade de jogar o menino pela janela. Ela tinha razão. É uma visão romântica essa de que a gente já está amando ser mãe logo que a criança nasce. Essa descoberta vem com o tempo. A gente já pode até estar adorando ser mãe, mas ainda não sabe, até que chega o dia da grande descoberta. Não me lembro da data exatamente, mas João Marcelo tinha mais de um mês, eu o estava amamentando e, de repente, comecei a sentir as lágrimas rolando... Eu estava completamente enlevada... Por que eu estava chorando mesmo? Olhei aquela criança linda, indefesa, mamando e entendi: eu acabava de encontrar o verdadeiro amor, aquele incondicional, que a gente passa a vida procurando e só encontra no amor por um filho. Eu amava aquela criança com toda a intensidade... Impossível descrever aquele momento, mas está registrado na minha memória. Ontem, quando vi o bebê, senti saudades dessa primeira viagem...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Um bicho chamado trabalho

Dou aulas à noite. Hoje, quando me despedi de João Marcelo, ele pediu: Vai não, mamãe, fica comigo (pela primeira vez, falou certo. Ele vinha dizendo "fica com mim")... Eu expliquei que precisava trabalhar, não podia faltar. Não se fez de rogado. Olhou pra mim e disse: Vai não, mamãe, lá tem bicho!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

De volta pra casa

Deixei João Marcelo às 7h40 na escola. Às 9h15, já no trabalho, recebo um telefonema da coordenadora: "Ele está febril e chamando você o tempo todo"... Olhei pra minha mesa cheia de papel e avaliei as pendências. Eram inúmeras. Liguei para o pai que se dispôs a ir buscá-lo. Mas meu lado mãe falou mais alto que o lado profissional. Não, eu vou. Ele está me chamando. Parei tudo e fiz o percurso de 25 minutos até a escola. Ia pensando nos outros 25 minutos até a nossa casa, chegar, tirar a temperatura, dar o remédio, a despedida... A despedida é sempre longa quando ele está dengoso. Depois, mais dez minutos de casa para o trabalho. Calculei cerca de uma hora e meia de atraso. Mas já estava no carro... Cheguei à escola e ele me abraçou: Vamos pra casa, vamos? Vamos, filho. Entramos no carro. Ele olhou pra mim aconchegado pelo meu abraço e disse: Amo tu, mamãe. Também te amo, filho. Foi então que entendi: o único tempo que não se recupera é aquele que não disponibilizamos para os nossos filhos.