segunda-feira, 30 de junho de 2008

De volta pra casa

Deixei João Marcelo às 7h40 na escola. Às 9h15, já no trabalho, recebo um telefonema da coordenadora: "Ele está febril e chamando você o tempo todo"... Olhei pra minha mesa cheia de papel e avaliei as pendências. Eram inúmeras. Liguei para o pai que se dispôs a ir buscá-lo. Mas meu lado mãe falou mais alto que o lado profissional. Não, eu vou. Ele está me chamando. Parei tudo e fiz o percurso de 25 minutos até a escola. Ia pensando nos outros 25 minutos até a nossa casa, chegar, tirar a temperatura, dar o remédio, a despedida... A despedida é sempre longa quando ele está dengoso. Depois, mais dez minutos de casa para o trabalho. Calculei cerca de uma hora e meia de atraso. Mas já estava no carro... Cheguei à escola e ele me abraçou: Vamos pra casa, vamos? Vamos, filho. Entramos no carro. Ele olhou pra mim aconchegado pelo meu abraço e disse: Amo tu, mamãe. Também te amo, filho. Foi então que entendi: o único tempo que não se recupera é aquele que não disponibilizamos para os nossos filhos.

Um comentário:

ave migratória disse...

Ai, Chris, assim tu me mata de emoção!! Acho muito lindas essas histórias aparentemente mais bobas, ai, ai...