domingo, 29 de junho de 2008

Controlando o esfíncter...

Se vocês acham que ser mãe é só trocar fraldas, viver pra lá e pra cá dentro de casa, administrando menino, e fofocar com outras mães as últimas do xuxuzinho... Estão enganados (as)! Mãe também é cultura, saúde, sabedoria... Explico: Estamos na fase de tentar tirar a fralda de João Marcelo. Não é fácil para ninguém, diga-se de passagem. Bota cueca. O menino se esquece de pedir para ir ao banheiro, faz xixi ali mesmo, no meio da sala. Limpa. Daqui a pouco você vê o xuxuzinho bem quietinho, encostado no sofá, meio desolado. Está triste, filho? Não, mãe. Está cansado? Não... Você não está com febre... Ele ri e diz: Fez cocô. Claro! Toda aquela concentração, só podia estar fazendo cocô. É lógico que o menino não estava fazendo nenhuma meditação transcendental! Como eu não havia pensado nisso antes? Foi aí que entrou a minha sabedoria. Sabe como é, pra ficar sabida, a gente precisa ser meio burra... Fui pesquisar um pouco sobre a retirada das fraldas. Vasta literatura! Mas eu só queria uma dica, uma dicazinha de nada. E nada. Só aquelas coisas meio prontas: toda criança tem seu tempo; não pressione a criança, o resultado pode ser o inverso... Isso que todas nós sabemos. Mas eu não queria nada desse blá blá blá... Eu queria uma dica de como facilitar o ritual de passagem do menino com fralda para o menino de cueca. Só isso. Entretanto, nessa pesquisa, encontrei uma informação que eu não conhecia cientificamente. É claro que eu sabia que nós nos controlamos para não sair fazendo xixi e cocô por aí... Mas não sabia o detalhe... Foi quando descobri o "esfíncter". Mãe descobre de um tudo. Esfíncter, para quem não sabe (olha aí, blog também ajuda a enriquecer o vocabulário), é um músculo que "controla o grau de amplitude de um determinado orifício". Entre outros, o ser humano tem o esfíncter uretral e o anal. Pronto. Agora eu já sabia o que João Marcelo tinha que controlar. Só faltava descobrir como... Discretamente, comecei a observar o tempo que ele levava entre um xixi e outro. Confesso que não deu pra avaliar a freqüência porque ele controla o esfíncter que é uma beleza. Também, quando libera, é de vez! Eu precisava de um sinal. Ele deu. Depois de um certo tempo sem fazer xixi, no meio da brincadeira, começava a segurar a pitoca. Filho, quer fazer xixi? Resposta óbvia: Não. Entendi, depois de algumas observações acuradas, que ele não queria parar a brincadeira e perder tempo fazendo xixi. Tinha todo o sentido. O negócio era continuar brincando. Então lembrei a brincadeira da estátua. A gente grita: Estátua! E fica todo mundo parado. João Marcelo é o único que pode correr, andar, pular e... até fazer xixi! A gente só volta ao normal quando ele faz xixi. Ele acha o máximo! Tem a sensação de que não perdeu nada, imagino. Nós, que ficamos esperando imóveis, torcemos para que ele acabe logo o serviço. Aí ele volta e nós saímos da posição de estátua. Nós agradecemos e o esfíncter uretral dele também... Agora só preciso descobrir a mágica para o outro esfíncter. Mas isso virá... Com o tempo, como diz a literatura, os (as) psicólogos (as), os pedagogos (as)...

3 comentários:

espelho, espelho meu disse...

esfíncter

Olá Crhis é Beta a esposa de Kadu da Celpe, ontem com Camille descobri o ETCetal e me apaixonei.
To adorando ser espectadora de suas aventuras de mãe e aprender algumas coisinhas com a leitura. Afinal, vc esta na minha frente uns meses. riririririri

Certamente usarei a "estátua" e quando vc descobrir como controlar o 2° esfíncter, post.

beijinhos

Beta

(A estrangeira) Cristina Alcântara disse...

Nane, achei muito criativa a brincadeira da estátua. Por que não tive essa idéia antes? Agora, o meu filho já tem 6 anos, e ainda hoje a brincadeira é um grande impedimento para os xixis.

Renata disse...

acabei de descobrir seu blog e adorei...
Adorei a técnica da estátua!! Muito criativa..rs!
beijos, Re