sábado, 28 de junho de 2008

Limites para quem precisa...

...E todo mundo precisa. As crianças precisam. Até a minha! Tão linda, tão meiga, tão dengosa... Quem diria que ele, aos 2 anos e meio, estaria me tirando do sério... Achei que isso só viria na pré-adolescência, adolescência, sei lá! Mas, não! Filho, vamos escovar os dentes! Não vou! Não quero! Depois da alimentação, você precisa escovar os dentes para não criar bichinho... Eu quero criar bichinho... Não escovo! Dá para acreditar? Mas escova, sim. Primeiro tento de todas as formas lúdicas... Depois, na base da conversa. Por último, escova porque é falta de higiene não escovar e, se eu deixar, daqui a pouco ele não quer tomar banho, não quer dormir, não quer ajudar a guardar os brinquedos, não quer nada... Cresce louco, completamente sem limite. E eu não passei nove meses grávida, pari e amamentei para meu filho crescer desequilibrado... Colocar filho no mundo é um compromisso social. Temos, sim, responsabilidade com o tipo de ser humano em que eles se tornam. Já ouvi mãe dizendo: "É tão difícil dizer não..." Discordo em gênero, número e grau. É muto fácil dizer não. Basta que se tenha a convicção de que esse "não" é para o bem da criança. A partir dessa ótica, fica tão fácil quanto dizer "sim". Se a frase fosse: "Dá tanto trabalho dizer não...", aí eu concordaria. Dá mesmo trabalho. Educar é trabalhoso, cansa, desgasta, mas os resultados compensam. Só não acredito na educação à base de tapa, safanões e pisa. Bater não educa, amedronta, apavora. Como aquela pessoa que existe para me proteger é a que me agride? Eles (as) devem pensar, desprotegidos (as). Agora, realmente, umas lapadas dão menos trabalho do que as tentativas lúdicas, as conversas e o exercício da autoridade... O exercício da força sempre foi mais simples de se praticar. Principalmente, quando estamos falando de um adulto para com uma criança. Ora, vejam: meu filho tem 93cm de altura, eu tenho 1,55m, meu marido 1,85m. Até eu, baixinha como sou, devo parecer uma gigante para meu filhote. O pai, nem se fala! Ora, vão brigar com gente do tamanho de vocês... Arrumem um tempinho e, no lugar de bater, conversem, ouçam. Talvez assim vocês descubram quem mais, além das crianças, precisa de limites...

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