segunda-feira, 26 de maio de 2008

Corte de cabelo

Já ouviram falar na palavra e-s-c-â-n-d-a-l-o? Pois é, hoje eu presenciei um. Meu fiho foi o protagonista. E tudo por causa de um corte de cabelo. É, um corte de cabelo. Aquilo que a gente faz com certa constância pra combater o calor e deixar o xuxuzinho mais lindo... Ele fez uma cena. Chorou, dizendo que estava doendo; fez contorcionismo na cadeira, como se estivesse sendo torturado; derramou lágrimas copiosamente... Isso tudo num intervalo de exatos seis minutos. É claro que eu não ia colocá-lo numa camisa de força. Depois de toda a negociação, de estar coberta de ponta de cabelo, coçando os braços e o rosto (sim, porque ele estava no meu colo, era a condição que tinha imposto pra cortar as madeixas), entreguei os pontos. Desisti. A cabeleireira - que só tinha conseguido cortar a franja - no final sequer cobrou. Acho que não via a hora de se ver livre da gente. "Não, mãe, não precisa pagar nada, não. Pode ir. Ele está muito estressado. Vá, vá". Ela definitivamente queria que a gente sumisse dali. Saí, passada. Chegamos a nossa casa. A avó estava aqui e, notando o cabelo dele um pouco diferente (um verdadeiro caminho de rato, pra ser sincera), perguntou: "Cortou o cabelo, João Marcelo?" Ele respondeu com um tom que só podia ser de cinismo: "Ainda não". A avó sorriu com a resposta e sequer conhecia o contexto.

Um comentário:

(A estrangeira) Cristina Alcântara disse...

Sugere a cabeleireira de Iáiá, ela é um doce com criança, quem sabe! Estava demorando, pois SEMPRE tive esse problema até Iago cair nas graças de Tia Vilma e vice-versa. Saudades (tentei falar contigo ontem, mas estava fora de área, tb ainda nao consegui blogar com outra identidade. Conversamos depois). bjos,